sábado, 25 de abril de 2015

Cientistas acreditam que núcleo da Lua seja líquido e quente

Nosso Planeta     13:42     No comments

Cientistas acreditam que núcleo da Lua seja líquido e quente, assim como o do planeta Terra:


Uma nova pesquisa acredita que a Lua possua uma camada de líquido quente em torno de seu núcleo, ainda em atividade.

Se a teoria se confirmar, o estudo provaria que a Lua é mais ativa do que se pensava, até então, e teria implicações na história do nosso planeta.
Qualquer par de corpos em órbita no espaço possuem efeito gravitacional um sobre o outro, mas como a órbita não é um círculo perfeito, a força da gravidade varia a medida que se movem e se aproximam. O efeito é bastante perceptível em Io, lua de Júpiter, onde vulcões se ativam por esse processo.
Esses efeitos também são evidentes na Terra, onde os mares e oceanos possuem ondas graças à gravidade da Lua. Claro que, como nosso planeta é 81 vezes maior que a lua, ela sofreria forças semelhantes, tendo em vista que está em nossa órbita.
Os pesquisadores descobriram que a deformação das marés observadas da lua poderia ser explicada se houvesse uma camada extremamente maleável na parte mais profunda do manto lunar. Seria esse o motivo para o núcleo da lua ser líquido, assim como o de nosso planeta. Porém, até então, nenhuma prova concreta foi capaz de confirmar essa teoria.
Agora, uma equipe internacional de pesquisadores da China University of Geosciences, liderada pelo Dr. Yuji Harada, do Instituto de Ciência Planetária, descobriu que há uma camada extremamente leve no centro da lua e que seu calor é efetivamente gerado na camada, por conta da gravidade da Terra.
                               Imagem mostrando a influência gravitacional entre a Terra e a Lua
A descoberta foi feita através da comparação da deformação da Lua, que foi medida com precisão por naves espaciais exploradoras e outras sondas com cálculos teóricos. Os resultados sugerem que o interior da lua ainda não tenha esfriado e endurecido, e também que ele está sendo aquecido pela gravidade da Terra.
Os pesquisadores dizem que as descobertas fornecem uma oportunidade para reconsiderar o modo como, tanto a Terra quanto a Lua, evoluíram - e continuam a evoluir – desde o surgimento, através da influência mútua.
"Acredito que nossos resultados de pesquisa têm trazido novas questões", disse Harada. “Por exemplo, como pode a parte inferior do manto lunar manter o seu estado maleável por um longo período de tempo? Para responder a esta pergunta, gostaria de investigar mais profundamente a estrutura interna e o mecanismo gerador de calor dentro da Lua em detalhes. Além disso, outra questão surgiu: como a conversão da energia das marés para a energia térmica na camada macia afetou o movimento da Lua em relação à Terra, e também o arrefecimento da Lua?”, revelou o pesquisador.
"Nós gostaríamos de resolver esses problemas para que possamos entender, também, como a Lua surgiu e evoluiu", disse.
       Estimativa sobre a viscosidade e temperatura da Lua à medida que se aproxima do núcleo.
Outro investigador, professor Junichi Haruyama do Institute of Space and Aeronautical Science at Jaxa, mencionou a importância desta pesquisa, feita através do programa Apollo. “Um corpo celeste menor como a Lua esfria mais rápido do que um maior, como faz a Terra. Na verdade, tínhamos pensado que as atividades vulcânicas na Lua já haviam chegado a um impasse. No entanto, esta pesquisa sugere que a Lua ainda não tenha esfriado e endurecido”, disse o investigador.

Também temos de reconsiderar a questão da seguinte forma: Como a Terra e a Lua se influenciaram mutuamente desde seu nascimento? Isso significa que essa pesquisa não só nos mostra o estado atual do interior profundo da Lua, mas também nos dá uma pista sobre a história do nosso sistema”,concluiu Haruyama.

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