Cientistas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) buscam conseguir isolar a antimatéria, substância capaz de se mover contra a gravidade. Mas em que, exatamente, consiste a antimatéria? Trata-se do oposto à matéria normal, da qual é feita a maior parte do nosso universo.
Na ficção científica, como na série Star Trek, ela foi largamente usada com um composto perigoso que, ao colidir com a matéria normal, produziria uma explosão gigantesca, emitindo radiação pura, emanada a partir da velocidade da luz. A energia produzida nessa explosão é considerada pelos cientistas como muito poderosa, mais do que qualquer outra que possa ser gerada por outros métodos de propulsão. Para se ter uma ideia, um pacote com 10 quilos de antimatéria é capaz de gerar tanta força quanto a Usina de Itaipu trabalhando sem parar por 6 anos.
Entretanto, é extremamente difícil criar e preservar formas complexas de antimatéria, uma vez que ela é muito instável, por isso, ao interagir com as partículas convencionais, ambas se anulam, resultando numa profusão de energia.
Pois os pesquisadores da CERN estão em busca de conseguir isolar a antimatéria, utilizando um recipiente magnético especial para preservar os átomos de anti-hidrogênio, em aceleradores de partículas. Até o presente momento, os cientistas conseguiram manter a antimatéria por 1.000 segundos – quase 17 minutos – além de demonstrar que o armazenamento da antimatéria por períodos bem maiores é factível.
Resta saber se os cientistas vão conseguir produzir e manter quantidades suficientes da antimatéria, a ponto de produzir energia necessária para uma viagem espacial, por exemplo. É o futuro da ficção diante de nossos olhos.
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